quinta-feira, 31 de julho de 2008

Chic for 2

É fogo, é só estarmos com a bola um pouco mais murcha (means, baixa auto-estima e/ou carência afetiva) para perdermos um pouco o critério, esticarmos a mão pra (quase) qualquer um. O pior é que normalmente só nos damos conta quando é tarde demais pra sair correndo, até porque é dificil adivinhar, tem muito principe por aí pior do que sapo, e princesas com TPM's insuportáveis!

Livros de etiqueta vendem aos montes, mas a coisa geralmente fica na sala e na mesa, no máximo discretamente passa pela cama. Sim, existe um manual de etiqueta na cama, e eu particularmente acho que alguns "conceitos" são ainda mais importantes do que saber que talheres usar numa refeição. Sem maiores pretensões divido com vocês algumas experiências e dicas, porque chique a 2 não é só abrir a porta do carro.

. Nem em começo, nem em meio, nem em final de relação... Cabelos, pêlos... Evite ao máximo em sabonetes. E não é um jogo divertido tentar adivinhar sua procedência. Disgusting!

. Beijos muitos molhados logo de manhã é complicado, mas fugir de um beijinho de bom dia é desagradável, parece que os 2 custuraram a boca. Namorado (a) chique tem sempre camisinha, caixa cheia de Kleenex e balinhas do lado da cama. Sinta-se a vontade com o seu amor, depois todo mundo lava o rostinho e escova os dentes.

. Vão me matar por essa... Hálito de cigarro! Pasta de dente, refrescante bucal, balinhas... Nunca deixe para o acaso, planeje-se, faça estoques.

. Intolerância com namorado(a) fumante. Lógico que deve partir da outra parte a delicadeza de não fumar na sua cara se você não fuma, abrir as janelas, fumar na varanda, sei lá! Mas às vezes não custa encarar uma fumacinha só pra ficar mais juntinho, né?

. Mordidas e sucções (tô sendo educadinho) em partes visiveis do corpo. E sim, é péssimo trabalhar de gola rolê no verão...

. Para os rapazes, beber muito e passar aqueele constrangimento...

. Nr. 2 não existe, é invenção! Não entrarei em detalhes, mas existem "N" truques para passar despercebido, às vezes quase.

. Tomar banho a 2 é MUITO bom! Mas nem sempre...

. Palavreado de filme pornô de quinta! Sujeiras são válidas quando se tem intimidade, mas tente ser original e espontâneo, pleease! Ah, e tudo tem hora pra acabar. "That's it my bitch!" na frente dos amigos, não é muito legal...

. Convidar pra dormir junto e... SÓ dormir. Ok, da próxima avisa que é festa do pijama que levo meu ursinho e o pijama de bolinhas!

. Chamar de nenê na hora que você quer receber um Oscar de best fucker of the year! Minha geente, temos olhos, mãos, respiração pra falar... Pra que introduzir maiores diálogos!
. Se você é o convidado, saber a hora certa de se retirar. Se você é o anfitrião, saber como propôr que a pessoa... Saia. É dificil, quase uma arte.

Ok, agora esqueça e tudo e vá ser feliz!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Ansiedade, o parafuso solto...

O coração dispara, a mão sua, você fica inquieto e anda de um lado para o outro sem conseguir se concentrar em nada, a vista fica embaçada e você sente como se o seu corpo fosse explodir a qualquer momento. Quando você sucumbe a este estado faz aquela ligação desnecessária, uma péssima prova, declara-se descordenadamente, bota tudo a perder... Não, não estou falando de paixão, mas sobre ANSIEDADE.

Ansiedade gera compulsão, exagero, perda momentânea da razão... E frustração. É como se o corpo agisse simplesmente por instinto, você esquece que é racional e começa a agir como um completo idiota.
Sou e sempre fui ansioso, nunca tomei nenhum tipo de medicamento, mas já me vi descontrolado, querendo comer as paredes, fumando até doer o pulmão, bebendo demais, falando e falando... E tudo ao mesmo tempo!

Abracei alguns vícios na fuga da minha ansiedade, nunca consegui me dedicar a atividades terapeuticas como Yoga e afins, pra mim o que funcionava era o oposto, o radical, o intenso. Já me tranquei em academia de ginástica emendando atividades como musculação pesada, jump, spinning, running... A ponto de professores perguntarem se estou bem. A onda era suar muito, sentir os músculos doerem, ultrapassar meus limites.

No momento estou em "tratamento", uma experiência comigo mesmo num momento mais focado, em contato comigo mesmo. Pratico exercicios regularmente, estou controlando minha alimentação, parei de fumar e de beber.

Sim, já me perguntaram se vou virar monge, mas não é o caso. Tenho buscado meu equilibrio em coisas saudáveis, e estou determinado a me livrar dos meus vícios, tarefa árdua diga-se de passagem.

O cigarro são 11 anos, assim como a bebida, em segundo lugar, a comida (nem tanto, a vaidade me freia), as noites de caça me trouxeram alguns estágios: deslumbramento, decepção, aceitação, vazio... E só! Estou deixando isso de lado também.

Falando assim pareço uma pessoa perturbada, a ponto de ser internada, mas você que está lendo já se perguntou se não tem os mesmos vícios? O tempo está passando rápido demais, as pessoas mal escutam o que dizemos, estamos cada vez mais sozinhos e tudo parece virtual, mesmo quando não estamos na frente de um computador.

Cobaia da minha própria experiência resolvi parar meu tempo, me escutar e escutar as pessoas.

Não diria viver com responsabilidade, ou me tornar um careta ou um monge... Meu objetivo é saborear outros gostos ainda não sentidos... Porque de nicotina, alcool e outras coisas não publicáveis, JÁ DEU.

Acho sexy...

. Cabelo molhado, cheiro de sabonete e toalha branca...
. Voz rouca
. Olhos no olhos
. Beijos que são melhores do que sexo...
. Pegada na nuca
. Mãos dadas em lugar cheio, tipo "é meu"
. Ligar só pra dizer "boa noite" depois do primeiro encontro
. Conhecedores de boa música
. Gente que cozinha! Ainda mais quando é pra mim
. Horas de conversa sem perceber o tempo passar...
. Ser agarrado logo de manhã...
. Banho a 2! Beijo molhado é o que há!
. Cabelo despenteado de manhã (depende...)
. Gente perfumada na medida certa
. Beijo no pescoço...
. Jeans e camiseta
. Gente que se cuida, mas que deixa de malhar só pra me ver
. Pele com pele
. Massagem (adoro fazer!)
. Vinhoooo...
. Saber tirar a roupa...
. Escrever bem... Falar bem...
. Senso de humor
. Mãos e pés bem cuidados
. Estar por perto mesmo estando longe...
. Cafuné
. Nariz com personalidade

Se você conhece alguém mais ou menos assim, me apresente, ok?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dr. Jekyll ou Mr. Hyde?

Já sentiu seu lado obscuro hoje?
O Médico e o Monstro (título original em inglês: The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde) é o nome do famoso livro do escocês Robert Louis Stevenson publicado em 1886, que por meio da metáfora propõe uma reflexão da natureza mais sombria do homem. Anos mais tarde, Stephen King define a obra de Stevenson como um exemplo da mitologia do lobisomem, "o conflito pagão entre o potencial apolíneo do homem e seus desejos dionisíacos".

A cultura deu diversos nomes, várias justificativas, intelectualizou e inclusive justifica a barbárie com a terminologia jurídica, homicidio doloso, culposo, tentado, consumado (corrijam-me os advogados). A própria palavra "Barbárie" é uma criação cultural, assim como "Genocidio", "Holocausto", "Massacre". Mesmo Freud tinha uma visão (inclusive radical) da maldade humana, defendia que o ser-humano era intrinsecamente mal.

Nos textos Totem e Tabu (1912) e O mal-estar na civilização (1930), Freud enfatiza a articulação entre desejo e culpa, levando-nos a pensar no eterno ciclo da repetição e na relação entre frustração, culpa e proibição.


No cinema já "assistimos" o duelo entre os Jedis, pertencentes a um ordem de guerreiros que dominam o lado "luminoso" da força, em contraposição aos Sith, o lado "negro" da força. Mesmo no universo fictício de Star Wars, criado por George Lucas, existe o embate do bem contra o mal, e do bem resistindo às tentações desse lado sombrio e perverso.

Eu poderia citar centenas de exemplos, mas meu ponto aqui é outro, até porque já escrevi sobre tema semelhante (MAU, 19-08), mas a minha pergunta inicial não foi esquecida, quando você sentiu seu lado sombrio pela última vez?

Desde a adolescência sempre tive fascínio por uma literatura mais sombria, em especial pelo universo dos vampiros. Eu lia de tudo, desde a literatura adolescente da coleção O Pequeno Vampiro, da alemã Angela Sommer-Bodenburg até os sanguinários de Anne Rice. Até hoje mantenho o hábito de usar roupas negras, e ADORO! Me identificava com aquela solidão, aquela sensação de que havia tempo demais pela frente, olhar no espelho e não enxergar nadica de nada. Através dos vampiros me deparei com estes seres verdadeiros, que assumem suas perversões, que aceitam suas limitações, que são poderosíssimos, mas ao mesmo tempo absolutamente vulneráveis. Seriam os vampiros um retrato sincero do que somos?

Eu exercito regularmente meu lado sombrio, não me esforço em parecer alguém sempre bonzinho e bonitinho, acho um tédio inclusive. Fui condicionado (ou educado) a não querer o que é do outro, a controlar minha inveja, a ser rejeitado e simplesmente esquecer, deixar passar. Lógico que tenho uma natureza privilegiada, e me guio também pela minha inteligência. Não quero o que é SEU, simplesmente porque não é MEU, conquisto as pessoas sendo quem sou, porque teria preguiça em ser charming em todos os momentos da minha vida, não curto traição, porque conheço a dor de ser traido, e não acho gostoso.

Depois de abrir meu coração para uma desilusão amorosa (que meio que me motivou a começar a escrever o blog), e de me arrebentar mais uma vez, by the way, poderia ter entrado numas de começar a jogar também, coisa que eu sei fazer muito bem. Seria fácil pra mim dissimular, enganar, colocar qualquer um nas minhas mãos, pra depois chutar, seja numa amizade ou num caso amoroso. Sim, eu tive excelentes professores, e esquecendo a censura, o "bom senso", tenho toda a técnica, todos temos.

Acontece que não quero, não tô interessado. A certeza que tenho é que isso atrasa, seria andar pra trás, e não tenho mais tempo a perder com revoltas tolas.

O lado sombrio me lembra noite, lembra me machucar antes de machucar qualquer pessoa, me colocar em situações que me agridem. Isso é sombrio, é me deixar esvaziar, sofrer artisticamente, me fazer de vitima.

Não sei, não estou certo que seja uma questão de escolher um lado, como nos filmes. Não somos vampiros, uma metáfora do homem perdido na sua própria escuridão, temos o completo controle das nossas ações, sem medo do sol, sem ânsia de sangue. É escolher entre contemplar... Ou viver a vida que você escolher. Sim, fiquei com a segunda opção, mesmo adorando usar preto e sendo naturalmente pálido...

sábado, 26 de julho de 2008

Colecionador de olhos

Uma amiga comentou recentemente que em cada foto minha pareço uma pessoa completamente diferente, me lembrei de outras pessoas comentando o mesmo e fiquei curioso. Tá certo que eu me canso muito do espelho, e acabo ficando careca, cabeludo, barbudo, cara de nenê... Mudo toda hora! Mas não acho que seja só isso.

Um lover do passado, muito observador por sinal, me disse uma vez que não uso máscaras, mas que tenho diversos olhos, "Olhos de Max". Achei engraçadíssimo na época, achei que tava tirando onda com a minha cara. Hoje até vejo algum sentido.
Não vou entrar naquela cafonice de que "os olhos são o espelho da alma", mas sempre achei que meus olhos diziam muito mais do que eu gostaria. Mesmo quando eu me fecho, o que acontece regularmente, meus olhos acabam me entregando. Eu chego a perceber, é terrível! Vontade de meter um sunglasses na cara e/ou sumir!

Tenho momentos de olhos de bebezinho, o que inclusive sempre detestei! Os mais românticos dizem que são olhos de ursinho, de carente, de bebê chorão, até de bobo eu já fui chamado. Acho que "faço" esses olhos quando tô tranquilo, na minha, quando esqueço minha armadura em casa. É uma lindeza, um homem enorme com olhinhos de ternura. Irrrc!

Em contraponto ao "fofismo" eu também tenho meus olhos de "pegador", isso quando os meus hormônios ebulem, normalmente depois da meia-noite, às vezes antes do meio-dia, dificil prever. Quem conhece sabe que eu não desvio olhar, que eu olho lá no fundo, que falo indecências sem abrir a boca. Ai ai... Olhos de putão mesmo!
Tenho meus olhos tristes também, que são bem diferentes dos olhos de bebezinho, e me sinto muito vulnerável assim. Me utilizei desses olhos não faz muito tempo, e o pior é que todos percebem, destoa demais! São meus olhos de chorar sem derramar lágrimas... Geralmente me dá uma tristeza imensa por dentro, misturada com revolta, com entrega... Eu meio que curto esse momento, mas odeio quando é em público, me sinto despido em lugar impróprio.

Um amigo outro dia se assustou com os meus "Olhos de fogo", quando eu tô fulo da vida. Geralmente com pessoas, e acontece poucas vezes, Graças a Deus! Sabe quando você sente gosto de sangue na boca e se vê tranquilamente esganando alguém com as próprias mãos? Não? Pois é, eu sei! Nessas horas minha lingua fica perigosa, meu discurso fica mais carregado e eu cresço uns 5 centimentros, tranquilamente. Não recomendo estar perto de mim nesses momentos...

Parece até que sou dissimulado e cheio de máscaras, mas a verdade é que acabo externalizado meus sentimentos dessa forma, não tem muito jeito. O pior é quando me sinto vulnerável, quando quero esconder que sim, que "tô ligando", e não consigo. Óbvio que tem losers que não enxergam essas nuances. E gente assim só quero esbarrando mesmo, e ponto.

Pois é, acho que voltamos aos olhos, "espelhos da alma". Mas eu levaria isso adiante. Pelos olhos eu mapeio o caminho pro meu coração. Quem sabe ler, vai fundo, quem não sabe conhece o pior dos meus olhos... Os olhos de absoluta indiferença.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Crash

Nossa, depois de 2 textos sobre relacionamentos EU mesmo preciso de algo mais leve, senão vai ser um "corta pulso" em cadeia!

Eu sempre quis ser aquele tipo modelão, todo elegante, descolado, seguro... Deus me deu a altura e o porte, meio caminho andado, o diabo me temperou com o "mau jeito de ser", vamos chamar assim, e me explico.

Óbvio que depois de anos praticando eu consigo entrar numa loja de porcelanas ou artigos de vidro sem maiores destruições, fora que não esbarro em ninguém na noite quando tô mais altinho, e controlo bem mais minha lingua, que é tão rapida quanto meus pensamentos, e mais ágil ainda que minha censura.

Tudo começou quando eu ainda era um fedelho descontrolado, que tinha fascinio por fogo, e já quase pôs fogo na casa algumas vezes, fora quando conseguia cair de cara no chão no primeiro passeio de Walk Machine, atravessar de peito toda a pista de patinação de gelo do Barra Shopping ou mergulhar acidentalmente na piscina de casa em dia de festa.

Fui crescendo e de baixinho e gordinho me converti em um magrelo altão, todo esquisito. Eu não sabia lidar com a altura nem com o volume do vozeirão de trovão, então era um tal de me estabacar ou fazer comentários impróprios em alto e bom som (do tipo comentar de alguém na rua e a pessoa escutar). O lindo foi um professor que um dia parou de escrever no quadro-negro e virou possesso "Você me chamou de viado Max?". A sorte é que minha rapidez em fazer merda também funciona quando tenho que salvar minha pele "Não, jamáis, eu estava comentando do meu irmão". Sim, o cinismo já estava aflorando nessa época.

Eu nunca fui de ser aqueles bêbados chatos não, acho que de tanto me policiar aprendi que meu tamanho transforma qualquer pequeno transtorno em catástrofe, então eu não esbarro em ninguém, sou delicado e educado, quase aquele modelão que eu queria ser, quase. O pior momento de night foi quando estava com amigos numa boate que não existe mais, ainda começo de noite, e quase no meio da pista tinha uma mesa de vidro linda, com uma iluminação especial, muito bacaninha... Tanto que eu resolvi subir na mesa, confiando seriamente na sua resistência e no poder da minha dieta. Resultado, mesa estilhaçada e Max no chão em estado de choque. Sim, tenho testemunhas desse evento!

Modelão não sei, eu escondo bem minha escoliose e meu pés chatos, mas aprendi a lidar com os braços compridos, os quase 1,90 de altura e a voz de megafone. Não é fácil controlar um homem enorme com temperamento que acompanha o físico, e olha que tem dias que eu quero passar despercebido, IMPOSSÍVEL. Mas sei lá, modelão é meio chato, né? Com tempero é melhor! Pelo menos quem provou aprovou assim...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Amigos do sexo

Já há dias quero escrever sobre esse assunto, até pensei em avisar às pessoas envolvidas que escreveria sobre isso, embora não ache nada demais, não há absolutamente nada que as desabone, muito pelo contrário! A cada dia que passa me surpreendo mais com o ser-humano, abusado que sou vou tentando me adequar, experimento novas tendências. Acho que pra ser médico é preciso "estômago" e muita vontade de estudar, advogado o talento do bom discurso, a segurança da palavra... Pra ser amante, quais seriam os pré-requisitos?

Não sei definir se sou um cara tradicional, careta, liberal, prático... Nunca me rotulei. Fui educado com máxima liberdade, não existem tabus pra mim, já realizei quase todas as minhas fantasias, sem traumas... Acabei me tornando aquele que se dispõe a conhecer alguém que valha a pena, quando a química, os assuntos e o corpo me atraem... Mas também aquele que aproveita um momento, ciente de que não haverão telefonemas no dia seguinte, e achando tudo ótimo! As vezes bate, outras não, e ponto. E quem nunca praticou Fast Fuck que atire a primeira pedra!

Descobri de algum tempo pra cá que não era tão descolado assim, existiam ainda outras forma de relacionamentos que eu não conhecia bem, vamos chamá-los de "Relações meio-termo". Pra começar não acredito nessa coisa de relacionamento aberto, aquele discurso de que o sentimento não se mistura com o sexo, que cada coisa é uma coisa. Relacionamento aberto, na minha opinião, é um jogo de interesses de uma só parte. Não entrarei em detalhes, mas lhes asseguro que alguém sempre fica sobrando, e geralmente não muito dignamente. Acho prático ter tudo ao mesmo tempo, LINDO! Você tem seu (sua) companheiro (ra) ali do teu lado, mas quando estiver meio estressadinho (a), porque não dar uma puladinha de cerca, com o total consentimento do seu amor? Muito bem, mas será que é tudo tão colorido assim? Tenho lá minhas dúvidas.

Admiro os fuck buddies, e juro que acho a proposta super válida! Você curte alguém, o sexo é ótimo, mas você também quer estar soltinho por aí, ou está ocupado demais cuidando da sua vida. Qual a solução? Mantenha seu caderninho de telefones (ou msn, como quiser) atualizado com o contato daquele sexo ótimo, da companhia perfeita... Aí é só ligar, e você não vai ter aquela surpresa dos blind dates, você já conhece a pessoa, o sexo é sempre gostoso! É diversão certa, sem maiores constrangimentos.

Tenho uma amizade assim, uma pessoa muito querida, inteligentíssima, agradável e honesta comigo todo o tempo. Nossos momentos são sempre excelentes, regados a boa comida, boa bebida, música, papo, preliminares perfeitas desde o toque da campainha, ainda nos damos ao luxo de dormirmos abraçadinhos. Achou perfeito? Mas é perfeito, com hora pra começar e pra acabar. Não existem telefonemas no dia seguinte, sem expectativas, sem olhos nos olhos, tudo absolutamente controlado.

Eu confesso seriamente que no inicio estranhei, como já disse pra mim não existia essa continuidade do contato se não houvesse o interesse em se desenrolar em algo mais... Mas essa é a tendência, e ainda me acostumo, sem preconceitos.

Parece frio? Sim, mas na vida a gente acaba se adaptando a tudo, é aproveitar o momento, lógico que se respeitando sempre, essa é a dica que eu dou. E vou ser totalmente sincero, não é sempre que estou disposto, tenho que estar totalmente sereno e seguro pra embarcar numa dessas.

Eu sei que tenho muito a doar, mas espero a pessoa que realmente mereça esse meu melhor. Com minhas excelentes companhias, minhas amizades especiais eu vivo meu cineminha, sou sempre lindo, cheiroso, inteligente e bom de cama. Mas é depois que o filme acaba que a história realmente começa, não é? Mas isso é bom demais, e deixo pra aqueles que me ligarem no dia seguinte, só pra me ouvir dizer "Alô".

terça-feira, 22 de julho de 2008

Casamento?

Acordamos tarde hoje, aquele solzinho gostoso entrando pela janela... Ficamos abraçadinhos, beijinhos e beijinhos... Depois do terceiro ensaio pra levantar eu preparei um café e coloquei alguns pães na tostadeira, meio sonâmbulo ainda... Quando voltei pro quarto tava vazio, ouvi o barulho do chuveiro e invadi o boxe. Nos ensaboamos juntos... Bão! A gente só ria no café comentando do velório da Dercy, que ela queria que o corpo acenasse pra multidão durante o cortejo... Irreverente até o fim! Como era folga dos 2 demos uma corridinha na praia, depois alugamos umas cadeiras e ficamos tostando até quase meio-dia... Como sempre levei esporro porque sempre abuso e não passo protetor... Mas eu fiz bico e passou a birra, levei foi um tapão na bunda, quase morri de vergonha, no meio da rua! Almoçamos na rua mesmo, bife, fritas, feijão, arroz, comidinha caseira e engordativa. Depois pegamos um DVD, mas ficamos falando o filme inteiro, depois cochilamos juntos no sofá... Combinavamos a pouco as contabilidades pra comprarmos alguns móveis novos, eu preferia uma viagem, mas ainda estamos trabalhando num meio-termo, senão ficamos nos móveis mesmo. Jantamos na casa da minha mãe, depois de muito falatório (porque minha mãe não pára) fomos pra casa, eu já bocejando. Dormimos quase ao mesmo tempo, juntinhos e quentinhos... Aí eu acordei do sonho.

É, por incrível que pareça eu tenho minha versão de um casamento legal, e já fantasiei com isso várias vezes, acho que todos os dias vou dormir acompanhado, mas acordo sozinho. Não quero ser "o carente", inclusive vivo muito bem sozinho, e entendo de solterisse como ninguém, quem me conhece sabe, mas dizer que não me faz falta é mentira.

Nos tempos dos pais da minha geração pra trás casamento era bem diferente do que vejo hoje em dia. Lógico que existem os casamentos de conveniência, que são praticamente negócios, mas eu fico vendo os poucos casais que continuam juntos e bem, e me bate uma invejinha branca.

Acho que tudo ficou tão rápido que ninguém tem mais tempo de olhar pro lado. As pessoas tentam se comprometer quando estão mais vulneráveis, mas quando ficam numa boa imediatamente pulam pra outro galho. Recentemente fui pedido em casamento num night, lógico que passados 3 dias eu já não era tão bom assim, não valia a pena o esforço.

Eu comentava recentemente com minha mãe que pra você se sentir seguro num relacionamento você tem que ter vivido a experiência de se sentir ÓTIMO sozinho. Eu já passei muito tempo sozinho, já vivi muitos romances de uma noite, já me desiludi até aprender que uma boa noite de sono pode mudar tudo... Você deixa de ser "o homem mais lindo que já conheci" pra "o carinha que eu peguei ontem". Quantas vezes já aconteceu? Nossa, perdi a conta.

Eu já desisti e voltei atrás diversas vezes, cheguei a me tatuar depois de um termino dificil de um casamento que eu queria muito, mas que não rolou, mas hoje fico no aguardo, sem maiores expectativas, mas atento.

Me preparo pra ficar sozinho, mas estou atento pra algo mais sério. O pior é que por mais que eu leia atentamente a sinopse, geralmente levo uma comédia pra casa, às vezes um filme de terror. Será que ainda existem os românticos?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Meninos ricos não choram


O pescoço continua travado depois de uma malhação obsessiva no sábado passado, mas o nível de Ocitocina tá gritando, porque EU MEREÇO! Então Cirque du Soleil, quando irão me contratar?

Ok, intimidades a parte, hoje eu queria falar sobre um assunto que detesto, mas é recorrente na vida de todos nós, o maldito do dinheiro! Não sou louco e jamais moraria numa Choupana no campo com meu grande amor, adoro conforto, coisas boas, viagens... Mas sempre tiver pavor de gente que senta em mesa de bar com um grupo, se diverte horrores, e na hora de pagar a conta saca uma calculadora e consegue um malabarismo (que eu até hoje não entendo) de dividir 7 centavos por 3 pessoas! Sim, conheço gente assim.

Vamos rebobinar a fita (porque isso é retrô) e lembrar do pequeno Max. Eu nasci em berço de ouro, na fase em que meu pai tinha mais grana, morava numa casa com piscina num condominio elegante de Laranjeiras, tinha vários empregados, babás, chofers e 3, 4 carros na garagem. Com 12 anos já recebia minha mesada numa conta bancária destinada a adolescentes, algo como first conta, não me lembro.

Meus fins de semana eram na Região dos Lagos, ou no sitio de Teresópolis, ou então torrando dinheiro no Barra Shopping, era cinema, patinação no gelo, fliperama, kart, uma farra!

Eu não tinha muitos amigos na minha escola de riquinhos, mas minhas festas eram as mais comentadas, e sempre lotadas. Tem 2 momentos que me lembro, e que me envergonham muito, um deles quando fiz meu pai demitir um chofer porque ele não quis abrir a porta pra mim, outra quando entrei numa loja de sapatos e escolhi uns 10 pares de tênis, sem nem olhar o preço. Eu lembro bem que não gostei de nada, mas eu sabia que podia, e fiz meu pai comprar todos.

É estranho, mas eu conheço essa sensação que esses meninos ricos tem de total segurança. Eu não me preocupava, tinha certeza de que era tudo uma questão de apontar e ter, eu estava certo de que nunca passaria dificuldades na vida.

Um belo e inesquecível dia, isso um tempo depois da separação com minha mãe, meu pai fez a lindíssima proposta, ou ficam com a mamãe, ou ficam com o papai... Incluindo o dinheiro, claro.

O mais engraçado é que eu, e os outros irmãos, escolhemos mamãe, apesar de tudo acho que tinhamos um certo feeling de que se a deixassemos sozinha as coisas poderiam ficar muito feias... Hoje temos certeza disso.

Depois disso a torneira aos poucos foi fechando... No começo eram pequenas chantagens, sempre com um discurso do excelente advogado que ele sempre foi, como naquele filme do Al Pacino... Depois simplesmente fomos nos deparando com a realidade, tudo havia mudado. Vimos a bela casa se deteriorar, contas não podiam ser pagas, telefone cortado, chegamos a ter a luz cortada também! Tivemos que sair das escolas caras, do clube, as festas de aniversário passaram a ser mais simples, bem mais simples.

Eu me lembro de não me adaptar facilmente, de dizer coisas pesadas pra minha mãe, de odiar ter que comprar o tênis sem marca.

Com o tempo as coisas foram se ajeitando, hoje em dia conquistei muita coisa com meu próprio esforço, pago meus estudos, aprendi 2 idiomas por minha conta, compro até minhas próprias cuecas, e às vezes me permito me presentear com algo mais cara, mesmo que parcelado.

Não me vejo obcecado por dinheiro, e olha que já tive oportunidades, já houve quem pedisse permissão a minha mãe pra me levar pra estudar na Europa, já tive a chave de carros na minha mão, já frequentei mansões com elevadores no Leblon e coberturas de Ipanema... Mas sempre tive resistência a isso, mesmo quando gostava da pessoa.

Acredito que eu seja um pouco traumatizado, pé atrás. Sei que os olhos brilham quando alguém te oferece algo assim, você se sente especial, amado. Mas muitas vezes, já presenciei isso, e não acho que seja sempre, é uma forma de controle de uma pessoa insegura... Posso estar exagerando, mas numa questão de tempo a gente leva uma "jogada na cara", ou somos discretamente chantageados.

Não acho que seja uma regra, mas me sinto mais seguro com pessoas que estejam correndo atrás, assim como eu, quem sempre teve tudo, não me inspira muita confiança... Eu já fui intimo de alguém assim, eu mesmo.

Se me perguntarem o que me faria feliz hoje em dia eu diria sem pestanejar... Acordar todos os dias com beijo na boca do meu amor, ter meu lugarzinho aconchegante, cheiroso e limpinho, todo do meu jeito, e ter uma tarde inteira com minha familia sem ouvir alguém falar de um problema muito sério. O nome é Paz, e não tem dinheiro que compre.

domingo, 20 de julho de 2008

As time goes by

Primeiro não poderia deixar passar em branco o falecimento da Dercy Gonçalves. Levei um susto quando li a notícia num site, acho que assim como todo mundo eu achava que ela não morria mais. Adorava quando ela dizia que morria quando quisesse, e que não tinha medo da morte porque já tava vivendo no lucro. Brilhante! E vá com Deus Dercy, PORRA!

Mudando de assunto. Eu dei pra isso agora, fico pensando em músicas de referência, looks de referência, tudo pra mim agora é catalogar referências... Afinal, somos resultado de um bando de retalho todo doido e remendado ou não?
No inicio eu tentava imitar meus pais, depois meus irmãos mais velhos. Cheguei até a me inspirar nos meus irmãos mais novos! Irmão do meio é dose, na "pré-aborrecência" eu queria ser descolado como o David, que usava barba cerrada, brinco de cruz a la George Michael e era o mais popular do colégio, mas também queria ser inteligente como o Daniel, que sabia (e ainda sabe) absolutamente tudo sobre cinema! Mas eu também queria meter o terror com os mais novos (que até pouco tempo eu chamava de "as crianças", até me deparar com 3 marmanjos de 20 e poucos), mas eu chamava muito a atenção por ser grandão, fora que não tinha pique pra correr depois de fazer merda.

Fui crescendo no meio mesmo, dividindo essas águas, horas mediando, horas participando ou instigando a porradaria.

Fui crescendo, no teatro aprendi a brincar de ser o que eu quisesse, a filtrar meu temperamento dificil e a ficar seriamente bom em interpretação. Tive um professor de muito anos que me "detectou" no ato, e foi me ensinando a controlar o meu ego, isso sem eu saber. Eu sabia que era bom, ele também, e até hoje tenho meus diários de ensaios e aulas, quando meu principal objetivo era deixar ele louco comigo! Eu queria que ele reconhecesse o quanto eu era bom, ele simplesmente era blasé. Valeu Ricardo, thanks you não fui engolido pelo meu ego.

Por incrivel que pareça passei meus 16 anos em casa, escondendo minhas espinhas, lendo 5 livros por semana ou entretido assistindo todo tipo de filme possível. Sem querer eu adorava os filmes antigos, aquele climão de Hitchcock, aquele moço bonito com cara de triste, mas cheio de atitude, o tal do James Dean, aquelas mulheres que sempre sabiam o que dizer, e que acordavam belissimas.

Acho que sempre quis que a minha vida fosse um daqueles filmes, eu queria ser aqueles homens e aquelas mulheres, achava tudo aquilo mágico, e mais bonito do que tudo ao meu redor. Até hoje tento me enxergar num filme antigo, mas tenho me permitido também os exageros e as trapalhadas de uma boa comédia romântica.

Bom, eu já levei um pouco do cinema pra minha vida, já dancei na chuva, já chorei numa despedida no aeroporto, já pedi uma dose de Vodca pura num balcão de bar (bom, isso algumas muitas vezes...), já disse que odiava alguém que amo aos berros, já beijei olhando nos olhos, querendo aquele momento pra sempre, já dormi soluçando e embriagado de tristeza... Nossa, foi dramático isso!

Acho que nem sequer cresci... Encorpei, e não tenho mais espinhas, mas continuo sendo aquele menino, que se arrepia até hoje quando ET e Elliot voam de bicicleta por cima dos policiais, ou quando Rick se despede da linda Ilsa no aeroporto de Casablanca... Fica sempre aquela deliciosa sensação de "Ai ai... Coisa dos filmes..."

sábado, 19 de julho de 2008

MAU

Um amigo costuma dizer que eu tenho um talento especial em "exterminar" uma pessoa em tempo recorde, às vezes com uma combinação de 3 palavras, isso no máximo! Sim, sim, eu admito o veneno apurado, inclusive genético, porque o povinho da minha familia...

Assisti ontem o novo filme do Batman, e amei de paixão! Confesso que adoro os primeiros filmes com a direção do Tim Burton, mas nessa visão do diretor Christopher Nolan o universo desse anti super-herói que EU ADORO fica bem mais fiel aos HQ's, inclusive num climão de filme policial dos anos 70, com discussões inteligentes sobre a anarquia como forma de desestabilização de uma nação, a exemplo do que os atentados de 11 de setembro fizeram com os Estados Unidos.
Ok, o meu foco é outro! O tema mais intrigante no filme é personificado pelo palhaço Coringa, uma interpretação assustadora do talentosíssimo Heath Ledger (falecido recentemente), horas um doido varrido, horas um serial-killer da pior espécie, divertido e inteligente.


Saindo da ficção e voltando pra vida real fico pensando nessa questão da maldade humana, que leva pessoas a atirarem crianças pela janela, violentarem inocentes, exterminarem milhões no Holocausto... Dizer que é desumano não me parece correto, acho que são ações totalmente humanas, e que todos somos passiveis desse tipo de maldade, e é terrivel constatar isso. Distanciar é a tendência natural, mas lembrem-se que Hitler e afins tinham pai e mãe, não foram criados por lobos ou algo do gênero.


A criança é má, mas é perdoada pela inocência quanda maltrata um bichinho ou avacalha um coleguinha. Essa criança cresce doutrinada na politica do certo/errado, com medo da punição dentro das leis dos homens e também na punição moral depois da morte (óbvio, dependendo da formação religiosa, mas geralmente...).


Somos criados num mundo de regras, aprendemos a nos sentir bem "fazendo o bem", e temerosos de uma punição. Mesmo a física prega a filosofia do "tudo que você faz volta pra você". Sim, isso não é só na religião não! Vide a onda da moda que é "O Segredo".


Mencio Mong Tsé (371 A. C.- 289 A.C.) sustentava que os seres humanos são naturalmente bons e agem naturalmente de maneira moral. São dotados de compaixão e da capacidade de distinguir o bem do mal e, por isso o mal é resultado de influencias externas.
Han Fei Tsé (280 A.C. - 233 A.C.) defendia que os seres humanos são naturalmente maus e precisam da educação e da pressão politica para se tornarem bons.

A maldade humana é afinal Intrínseca ou adquirida? Dificil saber ao certo, mas tenho a teoria de que quando nos libertamos de todas as amarras, quando nos entregamos totalmente a nossa essência... Nos possibilitamos ser gênios, ou criminosos, ou os 2 juntos.

A liberdade é perigosa também, e cria monstros, mas como saber reconhecer, ou dosar? Qual o limite do livre arbitrio?


Hummm, pensei numa maldadezinha que fiz ontem... Foi boa, mas já chega!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Musicado

Cenário: Quase 1h da matina, ainda tô de roupa de academia devorando um biscoito de chocolate. Aliás, hoje eu comi como um animalzinho. Plano emergencial, segunda começo Yoga, preciso segurar a ansiedade!

Hoje eu tava fazendo spinning e a professora, inspiradíssima, sonorizou a aula (gostei disso) com uma coletânea maravilhosa dos 80's, amo muito tudo isso! Comecei a me lembrar de músicas que me remetem a passagens da minha vida, nossa tirei cada coisa do baú! Só um parênteses, eu NASCI nos 80's, mas minhas referências são meio "cacuras" porque tenho 2 irmãos de 35! Tudo explicado, então continuemos...

No exato momento tô ouvindo "Oh Father" da Madonna, que sempre esteve presente nos momentos em que eu queria me fazer de vítima, com pena de mim mesmo pelo abandono do pai. Aliás, esse tempo já passou, thanks God!
Ainda no universo Madonna eu amo "Erótica", que eu ouvia muito nas fases mais "piriguetes", quando yo estaba con el diablo en el cuerpo. Aliás, eu já seduzi com essa música, mas lelê embalado por esse som nunca rolou, quem sabe algum dia eu não tento. Vou quebrar alguém ao meio, mas tudo bem... Convenciido!

"Bad girl drunk by six. Kissing someone else's lips. Smoked too many cigarettes today. I'm not happy when I act this way."

Então Madonna, "Bad Girl" foi inspirada no Bad Boy? Ah sim, eu parei de fumar, e os lábios são mais selecionados.

"Maresia" da Marisa Monte me lembra imediatamento o Blue Angel Bar, quando eu aprendi a enxergar no escuro. E entendam como quiserem...

"Freedom" do George Michael é um clássico, pra mim a letra e o clipe são os melhores! Lógico que de uma brincadeira surgiu uma performance toda semana no The Copa (saudosíssimo, mas fechado depois de um dos maiores erros de administração que eu já vi... Ah, uma burrada mesmo!). Segundo meu amigo Carlos eu me tornei escravo da performance, porque todo mundo SEMPRE queria que eu fizesse. Atualmente no máximo performances pocket para intimos.

No quesito bagaceira, já serviu de trilha pra um absurdo meu e de amigos, num carnaval que infelizmente não acontecerá novamente, a cafona "Girl", Destiny's Child, quando eu pedi que parassem o carro (isso mais ou menos 3h da matina), tirei toda a roupa e desfilei de sunga por entre os carros, isso em frente ao Hotel Glória. Até hoje não acredito na loucura! Mas que foi divertidíssimo, isso foi!
"Murder on the Dance-floor", Sophie Ellis-Bextor, adoro o clipe, mas lembro sempre de amigos sincronizando a "batida de pé", ainda um clássico!

"Shinning Star", uma pessoa até hoje muito especial cantava pra mim olhando nos olhos, e disse uma vez que foi escrita pra mim... Ainda me lembro, claro.

Thalia sempre me perseguiu, tive 2 lovers que adoram essa mulher, tipo veneram! Da última vez tive que engolir um amargo "A quien le importa" como filosofia de vida. Ok, a mi me importa... Asshole! Sorry, surto satânico passageiro, já passou.

"A little respect", Erasure, já me fez quase chorar no meio da pista, eu tinha recentemente acabado de terminar uma amizade de 10 anos... "Boys don't cry", Cure, uma música que eu vou ouvir durante toda a minha vida.

"Like a virgen", Madonna, meu aniversário, eu e minha irmã alteradíssimos usando chápéu cone de aniversário como os peitos da Madonna. Muito bom mesmo!

Nossa, outra coletânea na minha vida! Sim sim, é gostoso de se lembrar, fico imaginando o que ainda vão compor pra mim... Ansioso! E dá-lhe Yoga!

*Para ilustrar o texto eu usei a capa do disco do "The Fratellis", que é um trio escocês, com um estilo de música muito legal, com guitarrinhas animadissímas, bateria marcante, letras meigas, inspiradas e inteligentes. Tudo que eu posso querer numa banda. E o melhor: é daquelas que se gosta de primeira, e nas audições seguintes só fica melhor. Nossa, praticamente EU!

10 mil coisas que odeio...

Ai, eu odeio quando eu perco um dia inteiro sem fazer nada... Ócio criativo eu acho digno, mas nada por nada eu simplesmente ODEIO!

Já pararam pra pensar nas coisas que a gente odeia de montão? Eu tenho uma amiga que odeia quase tudo na vida, um clássico dela é expressar em alto e bom som o quanto que as coisas a irritam profundamente, mesmo as pequenas coisas. Acho engraçadíssimo! Me lembrei de um filme ótimo que assisti faz um tempinho, "Shoot 'Em Up" (me recuso a usar o nome nojento da tradução pra português), em que o protagonista (Clive Owen) foge da máfia protegendo um bebê e uma prostituta italiana (Monica Bellucci), numa matança sem limites. O personagem tinha uma mania engraçadíssima de matar as pessoas com tiques ou manias, ou qualquer coisa que o irritasse, mesmo que isso atrasasse sua fuga absurda.

Outros filmes abordaram essa mesma temática, como o "10 coisas que odeio em você" e "Como perder um homem em 10 dias". Ah, tem outros vários que eu vou me lembrando!

Eu adoro essa coisa da gente odiar tudo. Dizem que é algo negativo e politicamente incorreto, mas poxa, isso é tão human nature!
Bom, não sei se isso vai acabar me levando a uma análise, como aconteceu nos textos anteriores, mas pelo menos vai me divertir muito.
Vamos lá, EU ODEIO:

. Ouvir minha voz gravada;
. Fotos em que pareço ordinário (please, no sentido comum da coisa);
. A parte interna das minhas coxas;
. Gente que insiste em escrever ansioso com C;
. Quando tento comentar e não me dão abertura;
. Perceber que fiz papel de bobo;
. "Fura-olhismo";
. Gente que não sabe "brincar" de msn;
. Minha fúria em gastar dinheiro quando tô ansioso (com S!);
. Blind dates em que percebo que não agradei;
. Gente burra metida a esperta;
. Que me mordam pra machucar (essa foi com destinatário certo!);
. Silêncio mortal depois do sexo;
. Excesso de baixaria verbal ou apelidos fofinhos durante o sexo (bebê, nenê...);
. Meu pneus;
. Uma mulher da minha academia que insiste em contar da vida dela quando tô com quase 80 kg pendurados na altura do meu pescoço (querendo muito jogar em cima dela, by the way);
. Velha (o) metida (o) a garotinha (o);
. Voz de crianças em filmes dublados (lembra a Jessica daquele filme da garota que fica presa num Poço? Então, eu não fiquei com pena dela!);

Olha, são tantas coisas que eu acho que precisaria de dias pra catalogar e ordenar por ordem de tema ou de relevância... Mas confesso que é divertido, e recomendo! Óbvio que os poupei de coisas mais escabrosas, escatológicas ou intimas, mas dizer que odeio somente o mau-caratismo ou falta de consciência ecológica é muito "Bate bola da Xuxa", not my style...
Não sei a que conclusão chegar, curtir esse tipo de sentimento não é bom, inclusive outro dia menos negro faço a listinha dos "10 mais que adoro", mas cultivar um pouco de negativismo e se visualizar (e só visualizar porque somos classudos) pulando no pescoço de algumas pessoas é tão saudável quanto abraçar uma árvore.
Se bem que esse negócio de abraçar árvore é muito (Ser)guei!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Espelho, espelho meu...


Hoje acordei com gostinho de Rihana, aquele cabo enferrujado de guarda-chuva na boca, delicia! Saí pra beber com um amigo, papo vem, vodka entra... Quando vi já tava bêbado emendando minha noite na dancefloor... E os detalhes eu vos poupo!

É estranho quando a gente pensa que vai mudar de vida e em menos de uma semana volta pra estaca zero, com aquela sensação de like a virgin. Mas hoje vou abordar outro assunto, a pedidos de amigos que pediram delicadamente por algo mais ameno.

Eu vou cair na nojenta da auto-ajuda, mas vou dizer pra vocês que são técnicas de sobrevivência que dividirei pela primeira vez com a massa (ou com os 3 ou 4 que estão lendo o blog, mas enfim...), e que ainda me ajudam muito nos momentos perrengues.

Eu adoro os ex "patinhos feios"! Acho que são pessoas mais evoluidas, até porque não é fácil você crescer ouvindo os outros te chamarem de uó e não acreditar nisso! Acreditem queridos leitores, esse que vos fala já foi mega "patinho feio" (isso soou egocêntrico, mas dane-se, faz parte do processo), eu fui o pré-adolescente gorducho, depois o adolescente espinhento e magrelo, fora que não queria estudar, falava mais alto que todo mundo (meu delicado timbre de trovão), e odiava futebol. Eu tremia quando ouvia "time com camisa, time sem camisa!", eu deveria ter processado os professores de educação-física que me fizeram passar por tamanha humilhação de expor meus peitinhos proeminentes de gordinho na frente de toda a escola!

E foi um tal de apelidos, caricaturas, aquelas delicadezas tipicas de adolescentes. Mas sabe o que percebi, esses adolescentes crescem, mas continuam fazendo as mesmíssima coisas, só que com técnica apurada. No trabalho o profissional limitado que não admite que você é melhor do que ele, na amizade aquele que odeia o fato de você fazer mais sucesso do que ele, ou ter mais dinheiro, no namoro é super comum também aquela competição. Enfim, acho tudo na medida aceitável, mas eu tenho visto muito descontrole por aí.

O ex "patinho feio" contemporâneo pra mim é aquele que pode continuar gordinho, mas que domina qualquer mesa de bar com humor, ou inteligência, até mesmo sex appeal! É aquele que não é tão inteligente, mas que é educado, gentil, prestativo. Parece prêmio de consolação, né? Ok, eu também preferia ter pinta de modelo, ser um ator famoso e rico e já até ensaiei entrevistas e premiações, porque sonhar é bom e todo mundo gosta! Mas se você não tem abdomen tanquinho ou boca carnuda de Jolie, como sobreviver?

Eu já ouvi tanto shiii da minha voz alta que hoje talvez estivesse falando sussurrando, ou talvez andasse encurvado porque meus quase 1,90 gritavam minhas imperfeições e breguices. Sabe do que mais, em um certo momento da minha vida decidi parar, olhar pra um espelho e perguntar: "Espelho, espelho meu, existe alguém mais foooda do que eu?"
Quando eu tô frustrado, quando as coisas não acontecem como eu queria, quando eu sou dispensado por alguém, eu pratico o meu ego extremado, ASSUMIDÍSSIMO! Sim, eu me acho lindo, um obra de arte feita de forma única, inteligente, sensível, talentoso, o MÁXimo! E se eu não disser isso pra mim todos os dias, quem mais vai dizer? Mamãe é suspeita, e não tem ninguém que elogie mais o meu corpo do que ela! Juro!

A gente tem que se cuidar, se amar muito, mesmo quando tiver meio caidinho, com pancinha, celulite ou espinha na ponta do nariz. Por sorte temos todos os recursos pra melhorar, mas de qualquer forma não existe academia pra personalidade, senso de humor, educação, bom gosto...

O melhor da gente se curtir tanto assim é a capacidade que a gente desenvolve de descartar o que "não presta", não precisar de multidão pra se sentir num show todos os dias. Minha mãe me disse uma vez, e eu nunca esqueci, é um enorme privilégio pra qualquer pessoa desfrutar da minha companhia, ainda mais quando a pessoa chega ainda mais perto. Quem sabe aproveitar, tira a sorte grande. Do contrário, são os verdadeiros "patinhos feios".

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Escolhendo e aprendendo


Depois de uma franca conversa ao telefone, que a principio me fazia tremer os lábios, mas que finalizou com tranquilidade e até mesmo ternura, minha idéias ficaram mais claras, e revejo atento meus conceitos. Foi estranho deparar com o fato de que eu havia amadurecido de verdade, e que meu desconfiômetro esteve presente todo o momento, mesmo quando eu via coraçõezinhos por toda a parte. E fico muito feliz por isso! Fica aquele vazio inevitável... But.

Por um momento pensei que tava pirando quando me vi cobrando coisas de alguém tão recente, não sabia ao certo o que tava faltando, mas percebia claramente que não estava tendo o que queria, mas o que exatamente eu queria cacete?

Me assustei ao me ver frente-a-frente com o maior dos meus fantasmas, e mais ainda quando me vi abraçando esse mesmo fantasma com intimidade de bons amigos! Eu basicamente queria ser adulto, sem mais nem menos. No diálogo fui percebendo na hesitação da outra parte em se dispor a se comprometer comigo a diferença irreconciliável: eu estava disposto a "encaixá-lo" na minha vida, ele não. No seu tempo, e eu tenho que respeitar isso, ele queria uma companhia tranquila, mas isso não acontece por osmose, a meu ver isso se constrói.

Foi interessante me deparar com essa situação, que foi se desmembrando enquanto conversavamos ao telefone, e o mais interessante foi que previ algo que talvez só viesse a perceber quando fosse tarde demais, ou pelo menos quando a queda quebraria mais ossos meus do que agora.

Eu sempre fui assim, acho que ensaios só servem para o teatro. Talvez seja um extremismo meu, mas já tive decepções demais, já fui largado em diversos altares na vida, e a sensação não é nada agradável. Num relacionamento de qualquer natureza, principalmente o amoroso, no mínimo eu espero o básico, levando-se em conta que me aproximo dos 30 anos, o comprometimento. Brincar de casinha deixei para a adolescência, hoje em dia quero falar sério.

Acho que tudo começa com a quimica, e como é delicioso encontrar essa quimica, nossa! O beijo, o abraço, o dormir juntinho e sentir partes do corpo do seu parceiro encostando em você, mesmo quando ambos dormem, aquele "lembrete" de que você tem alguém mesmo no sono. Depois de passada aquela gostosa sensação inicial de "I found you!" é hora de colocar os pingos nos is.

Eu, Max, tenho minha própria filosofia, não sei se tô certo, mas acho que pra começar é importante lembrar e realizar que o "fofismo" inicial é causado por uma porrada de quimicas que nosso corpo libera, associado a alegria de estarmos nos desencalhando. Acho válido, mas relacionamento de adulto implica levar um adulto pra casa, com todos os defeitos de fábrica e de mal uso. E que não há troca, manutenção ou garantia.
Relacionamento pra mim é se adaptar, é fazer concessões, é saber desde o comecinho que DR às vezes é bom, mesmo quando é chato, que os conflitos aparecem para propor ajustes, por ambas as partes envolvidas. Eu vejo hoje em dia muitos relacionamentos de um só, muita gente carente "engolindo sapos" só pra não contrariar namorado (a), a vida ficou tão corrida que ninguém mais tem tempo pra pensar em quem está do seu lado. Eu posso ser muito estranho, mas prefiro ficar sozinho a isso.

Eu tô triste agora, é muito dificil abrir mão de uma quimica tão rara, de um carinho que vai demorar muito pra eu encontrar novamente, mas não tem jeito, que venham os DR's, mas me anular, foríssima de questão.

Mas é isso aí, escolhas desse gênero devem ser feitas com o coração e com a cabeça, mesmo quando dói, como agorinha. Mas já já passa, sempre passa.

Stick & Sweet

De porrada eu entendo da vida, dos amores aprendi nos filmes. Me passou agora essa frase na cabeça, depois de acordar de uma noite de ringue. Não se preocupem leitores, estou bem! Beijei a lona, mas saí sorrindo com os dentes pendurados e o olho inchado, pronto pra outra, ou quase...
Ah, esqueci de comentar, e acho importante o parênteses, mas eu ODEIO AUTO-AJUDA! Detesto lamentações, frases feitas e efeitos paleativos. Mas voltemoas a minha frase que abre esse despretencioso texto, talvez escrito com mão pesada e mágoa teatral. Mas eu vos asseguro, tô ouvindo um batidão gostoso do Moby! Tendo a querer um cenário perfeito, mas minha mesa é cômica, pois mistura a dramaticidade de uma garrafa de vinho vazia e um potinho de doces de festa julina (sábado, niver da irmã).

Bom, foco de novo na frase! Já pararam pra se perguntar se a vida imita a arte ou o contrário? Hoje acordei pensando nisso, até porque ontem me vi no meio de um discurso super de coração aberto, mas que poderia ter sido retirado tranquilamente de uma obra dramática de shakespeare, com algumas pinceladas de alguns filmes que já assisti, da Julia Roberts talvez, depois vou me lembrar e conto pra vocês. Dá uma pirada né? Pensei, ou tô com um ponto eletrônico ligado a algum craque da lábia do DR (Cirano de Bergerac?), ou seria o caso de um chip implantado no cérebro por alienigenas perversos e manipuladores, que nos utilizam como entretenimento, num reality show absurdo.

É estranho quando nos vemos assim, quando ficamos vazios e deixamos de lado nossa praticidade, e montamos um palco perfeito para sofrermos. Dormi assim, acordei assim, mas resolvi passar isso pra ponta dos dedos. Passado meu absurdo volto a sentir alguns flashes do cinismo caracteristico do Max Schneiderman, aquele que sempre me moveu e criou enredos fabulosos e até mesmo versões espatafurdias das nossas grandes histórias de amor e afins.

Adoro Romeu e Julieta, mas acho que se a coisa perdurasse (means, se eles não tivessem se matado), e se houvessem maiores opções de lazer em Verona (futebolzinho, barzinho, boates e INTERNET) talvez a coisa tomasse outro rumo. Eu acho...

A Sereia Ariel foi morar com o Principe Eric no seu lindisimo castelo, isso depois dele enfrentar um polvo gigante e a fúria de um Daddy Netuno... E olha que ele poderia ser tranquilamente modelo de underwear da Calvin Klein! Já tá suspirando? Então, mas imagina o contrangimento dele se algum nobre amiguinho os convida para comer uma apetitosa Peixada de Forno! Já posso até imaginar a cara de pavor de Ariel: Meu Deus! Meus primos de segundo grau, cacete Eric!

Odeio tirar o encanto das fábulas, até porque adoro Shakespeare e Disney! Mas é engraçado quando nos vemos tentando imitar as fábulas, quando tentamos sofrer glamurosamente, quando ensaiamos a queda de uma lágrima. Eu ontem chorei, mas hoje amanheci catando meus pedacinhos, e quando encontrei meu humor não posso negar que abri um sorrisão. Mas quando somei 2 + 2 e deu 4! Caraca, vi que não tinha emburrecido. Se ainda tenho meu humor e inteligencia, nem tudo está perdido. Ufa!

Enfim, no meio de um texto confuso, cheio de pretensão velada de me mostrar mais forte e mais inteligente, um pouquinho de mágoa e (why not?), um pouco de teatralidade, confesso aqui que ainda quero minha história de amor (Juro, penei aqui pra escrever essa expressão), e que ainda vou me ver muitas vezes imitando falas, gestos e rostos do cinema (minhas referências são aquelas delicias do noir, mas menos enfumaçados porque parei de fumar!), mas ainda acho importante saber sair dignamente de cena.
Honestamente? Penso que foi menos uma pessoa que poderia ter me amado, mas que pelo menos euzinho, continuo me amando incondicionalmente.

Putz! Caí na auto-ajuda! Sorry, não foi essa a intenção, mas se ajudar...